Discurso de Posse da Dra Sara Lucia Silveira de Menezes

08-02-2010

 “Ilustríssimos Srs.

 

 

 

Colegas aqui presentes,

 

 

     Hoje é um dia muito especial para a ASSOBRAFIR, pois nos seus 24 anos de existência, estamos aqui hoje para concretizar pela 13a vez o maior ato de democracia das Sociedades Científicas, que é a posse de sua diretoria eleita por votação direta de todos os seus associados adimplentes.

 

 

Outro motivo especial é que esta não é apenas mais uma posse. É a posse de uma diretoria reeleita. É a confirmação nas urnas de que o caminho trilhado por nós foi reconhecido e escolhido por nossos  pares, como sendo o que deve nortear os próximos 3 (três) anos da Associação.

 

 

Este fato reveste-se de enorme importância, pois o associado da ASSOBRAFIR é participativo, crítico e principalmente orgulhoso de ter uma Associação que possui independência ideológica e se mantem fiel aos seus princípios: congregar e desenvolver cientifica e culturalmente profissionais que atuam na Fisioterapia Cardiorrespiratória e na Fisioterapia em Terapia Intensiva.

 

 

Ao assumirmos, hoje, nossos cargos na ASSOBRAFIR sentimo-nos honrados e desafiados. Honrados por poder representar uma Associação tão especial, que nasceu do sonho de colegas idealistas e apaixonados pela Fisioterapia Respiratória e sobreviveu sem manutenção de órgãos públicos, privados ou representativos da classe e cujo objetivo é o de somente valorizar as especialidades que representa. O desafio está em se manter fiel a esses princípios, em tempos em que o apelo comercial e financeiro falam mais alto do que os valores morais e os princípios éticos.

 

 

Essa tarefa só não é impossível, por que conto com a colaboração de um excepcional grupo de gestores. Sabemos que nenhuma obra é fruto do esforço ou trabalho de uma só pessoa. É dividindo responsabilidades e somando esforços que multiplicaremos os resultados.

 

 

A atual diretoria Geral, que ora represento, é composta por profissionais competentes, audazes e compromissados, são eles: Diretor Administrativo Dra Regina Célia Juliani, Diretor Financeiro Dra Mariângela Sepúlveda, Diretora Secretaria Dra. Jocimar Avelar Martins e Diretor Cientifico Dr. Alexandre Simões, além dos suplentes: Dra Fernanda Camelier, Dr Neilson Spigolon e Dr Fabio de Oliveira Pitta. A ASSOBRAFIR possui regionais em 09 (nove) estados do país, que estão aqui representados por seus presidentes, profissionais de sucesso e comprometidos que emprestam seu tempo e nome a associação em seus estados: São Paulo – Dra Audrey Borghi e Silva, Rio de Janeiro – Dr. Luis Felipe da Fonseca Reis, Paraná – Dra Josiane Marques Felcar, Goiás – Dr Erikson Custódio Alcantara, Pernambuco – Dr. Flavio Maciel Dias de Andrade, Minas Gerais – Dra Trícia Guerra e Oliveira, Bahia – Dr. Marcelo Dourado Costa, Santa Catarina – Dra Elaine Paulin  e Rio Grande do Sul – Dra Adriane Dal Bosco, aqui representada pelo Dr Luiz Forgiarini. A todos os demais membros das regionais, agradecemos a dedicação e a decisão de lutar pela representatividade da ASSOBRAFIR.

 

 

É empossado neste dia também o Conselho Fiscal da ASSOBRAFIR, órgão independente, que além de realizar a fiscalização contábil é um instrumento de gestão dos associados e como tal deve zelar pela criação de valores para os associados. Para tal tarefa foram eleitos os colegas Titulares: Dra Conceição Alice Boueri, Dra Patrícia Dayrell  Neiva e Dr.George Jerre Sarmento e para suplentes: Dr.Carlos Roberto Pereira, Dra Raquel Afonso Eid e Dr. Fernando Muniz Ferreira.

 

 

A responsabilidade de representar a ASSOBRAFIR é imensa. A atuação de todos deve ser precedida de forma ética, assumindo e respondendo solidariamente perante a sociedade no desempenho de suas funções. Todos sabemos que ética não é sinônimo de honestidade. Ética é bem mais do que isso. Ser honesto e estar dentro das leis é obrigação de todo cidadão.

 

 

O termo ética deriva do grego ethos que significa caráter, modo de ser de uma pessoa, sendo portanto um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. A ética profissional se inicia com a reflexão sobre nossas ações realizadas cotidianamente no exercício de nossa profissão. Porém, infelizmente a palavra ética é usada levianamente em títulos e discursos com pouca representação no exercício diário.

 

 

Gerir uma sociedade científica é um enorme desafio caracterizado por uma especificidade: SUA SOBREVIVÊNCIA É FRUTO UNICAMENTE, DE UM CONTÍNUO E INCANSÁVEL TRABALHO DE MOTIVAÇÃO DOS ASSOCIADOS.

 

 

Isso nos obriga a estar em permanente mudança, a utilizar ao mesmo tempo o lógico e o intuitivo, além de desenvolver a capacidade de visão de conjunto. Continuamente, temos que criar novas formas de difusão do conhecimento, conhecimento esse que deve ser de excelência. Devemos oferecer ao associado, oportunidade de qualificação e atualização contínua além da representação em todos os ambientes que se possa agregar valorização e empregabilidade.

 

 

 Para isso faz-se necessário um planejamento estratégico que exige conhecimentos e habilidades gerenciais em negociação, bem como capacidade de agregar pessoas em torno dos objetivos delineados.

 

 

Porém não podemos pensar em negociação ou gestão de pessoas sem considerar as dimensões culturais em que elas estão imersas, além disso, somos obrigados a ser um agente ativo aos efeitos sociais da evolução de nossa especialidade.

 

 

Gerir ideais implica gerir conflitos. Porém o conflito não é necessariamente prejudicial, pode ser benéfico. Quando resolvido de forma a permitir a discussão, ajuda a estabilizar e integrar as relações.

 

 

Quando permite a expressão de reivindicações, ajuda a reajustar recursos e auxilia na delimitação de fronteiras, fornecendo senso de identidade. Por este motivo é importante que o comportamento do grupo seja positivo em relação às diferenças. Pois essa postura foi adotada durante toda a gestão anterior. Além de cumprimos nossa função associativa, transformamos a ASSOBRAFIR em um exemplo de respeito e ética, postura essa claramente espelhada durante a eleição.

 

 

Neste ato de posse, nos é instituído o poder. Porém ter o poder não significa ter autoridade. A autoridade não é dada, é conquistada. É um tipo de poder que se baseia no reconhecimento da legitimidade de exercer influência.

 

 

A influência é a mola mestra de uma entidade científica. Para ter influência é preciso exercer liderança e liderança é a capacidade, através do exemplo, de influenciar pessoas a unirem-se na luta de objetivos comuns.

 

 

Esse é o grande desafio de gerir uma entidade cientifica.

 

 

Exige-se dos líderes dedicação exclusiva à qualidade, a produtividade, a ética e a uma contínua flexibilidade para o atendimento das necessidades dos associados e da especialidade.

 

 

Porém, não existe escolha sem ganhos e perdas. Ao assumirmos a diretoria da ASSOBRAFIR sabemos das horas que serão roubadas de nossas famílias, do nosso trabalho, do convívio com amigos e principalmente do aumento das hoas de inquietação.

 

 

Temos consciência de existem importantes desafios a serem vencidos e a isso nos propomos com o melhor dos nossos corações: desafios administrativos, financeiros, convivência produtiva e estimulante e a capacidade de transformar conhecimentos, habilidades e atitudes em resultados.

 

 

Ontem recebi um email do Dr Alexandre Simões (nosso diretor científico que se encontra fora do País, cursando seu Pós Doutorado) que dizia assim entre outras: “Aprendemos muito com os erros da gestão passada, e temos todas as condições de fazer a melhor gestão que a ASSOBRAFIR já teve, pois temos vontade de mudar, somos comprometidos com o que fazemos e o principal, somos amigos e pessoas com transparência e ética acima de tudo”.

 

 

Em 2007, ao assumir pela primeira vez a Diretoria da ASSOBRAFIR, usei a seguinte frase:

 

 

“Espero que ao final desta gestão tenhamos conseguido a autoridade, que nos legitimará a influenciar a vinda e permanência de profissionais que tornarão a ASSOBRAFIR cada vez mais forte e respeitada”.

 

 

Hoje, nossa posse  é a certeza de que o poder que nos foi dado nas urnas em 2007, foi através do nosso trabalho, transformado em liderança. Esse sentimento é a maior retribuição para as horas roubadas de nossas famílias, de nosso trabalho, do convívio com os amigos e principalmente pelas inúmeras horas de inquietação.

 

 

Que Deus nos guie mais uma vez para que agora possamos concretizar a Superação!

 

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