Além dos protocolos de mobilização, o fisioterapeuta na UTI tem um papel importante no tratamento de algumas alterações pulmonares, tais como:
-Fraqueza e descondicionamento muscular respiratório,
-Colabamento alveolar por hipoventilação alveolar,
-Acúmulo de secreção em vias aéreas superirores e inferiores,
-Sobrecarga muscular por causas que o médico pode tratar o fator causal.
Uma destas alterações são as atelectasias obstrutivas por secreção, que ocorrem devido ao acúmulo de secreção nas vias aéreas, com consequente desenvolvimento de atelectasias, que é o colabamento de um lobo ou de todo um pulmão. As intervenções fisioterapêuticas para remoção de secreção e expansão pulmonar são capazes de reverter estas atelectasias, tendo como consequência, a melhora da insuficiência respiratória, eliminando a necessidade de tratamentos mais invasivos, como a intubação traqueal.
A terapia de remoção de secreção, combinada aos posicionamentos terapêuticos e mobilização, também influenciam positivamente os desfechos clínicos. Recente estudo brasileiro demonstrou que o grupo submetido a essas intervenções em uma UTI com assistência fisioterapêutica 24 horas/dia apresentaram melhores resultados, do que nas UTIs com assistência fisioterapêutica apenas 6 horas/dia. Alguns dos benefícios encontrados incluem menor tempo de ventilação mecânica, menor ocorrência de infecções respiratórias e redução da mortalidade.
Amanhã, continuaremos a falar sobre a assistência fisioterapêutica nos problemas respiratórios observados na UTI.
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