A inatividade é um fator que contribui para maior deterioração muscular, ocorrendo rapidamente durante os primeiros estágios da internação na unidade de terapia intensiva (UTI), contribuindo para ocorrência de fraqueza muscular adquirida na UTI. Além disso, os pacientes críticos apresentam redução da amplitude de movimento articular, alterações sensoriais, perda de mobilidade e descondicionamento físico global durante a internação, os quais promovem um importante impacto negativo na sua reinserção social, seja nas atividades relacionadas ao trabalho, como naquelas ligadas ou lazer.
A fisioterapia, através dos seus protocolos sistematizados de mobilização, contribui para melhora da qualidade de vida, função física, força muscular periférica e respiratória, bem como, para redução do tempo de estadia na UTI e hospital.
Dentre as intervenções fisioterapêuticas, realizadas no ambiente de terapia intensiva, para minimizar esses impactos e melhorar a condição de mobilidade no momento da alta estão: mobilizações dos membros (passiva, assistida, ativa ou resistida); alongamentos musculares; treino de transferências no leito e leito para poltrona; eletroestimulação funcional; cicloergometria; bem como o treino de marcha. A indicação destas tem como base uma cuidadosa avaliação fisioterapêutica e discussão com a equipe multiprofissional.
O nível de mobilidade no momento da alta hospitalar é uma informação muito relevante, já que estudos recentes demonstram que este tem associação com a mortalidade ao longo do primeiro ano após alta hospitalar. Ou seja, pacientes com menor capacidade de realizar movimentos corporais, incluindo andar, tem maior chance de morrer ao longo de um ano após alta hospitalar.
Amanhã, falaremos um pouco da atuação fisioterapêutica nos problemas respiratórios na UTI.
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