Dois profissionais da Fisioterapia participaram do maior resgate aéreo de pacientes na porção do Rio Grande do Sul inundada nas últimas semanas: Dr. Márcio Luiz Ferreira De Camillis, especialista em Terapia Intensiva pela ASSOBRAFIR, e Dr. Huendel Ericson Hoppen, especializado na mesma área pela Faculdade Moinhos de Vento. Ambos são primeiros-tenentes da Força Aérea Brasileira (FAB), órgão que atuou na missão com apoio da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) e do Corpo de Bombeiros de Rondônia.
A evacuação aconteceu no último domingo (19) e foi motivada pela necessidade de transferência de cinco pacientes até então internados em um hospital universitário atingido pelas inundações na cidade de Rio Grande, no sul gaúcho. São dois adultos e três recém-nascidos (um deles pesando apenas 780 gramas e outro com dreno de tórax), todos em situação de alta complexidade, que foram transportados em uma aeronave C-105 Amazonas da FAB até Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, e seguiram de ambulância para a capital estadual, onde continuam hospitalizados.
O avião funcionou como unidade de terapia intensiva (UTI) aérea, com 12 profissionais de saúde a bordo, sendo os fisioterapeutas responsáveis pelo manejo ventilatório. Os dois começaram a atuar na véspera, quando separaram os respiradores de transporte e circuitos necessários, e analisaram por fotos a ventilação que os pacientes já vinham recebendo. No dia da missão, fizeram ajuste do respirador de transporte, troca e adaptação dos respiradores no hospital e manejo da ventilação durante todo o transporte. Ao longo do voo, foi necessária a higiene brônquica de um recém-nascido por ser hipersecretivo.
Dr. Márcio De Camillis comenta que “a expertise em ventilação mecânica e todos os ajustes realizados em quedas de saturação e assincronias durante o voo eram de conhecimento e totalmente direcionadas aos fisioterapeutas”. Ele relata que o resgate ocorreu em meio a diversas dificuldades, contornadas pela “parceria interdisciplinar” da equipe comandada pelo capitão médico da FAB Dr. Vinícius Guimarães Tinoco Ayres. Na avaliação de Dr. Márcio, o espaço aberto pela Força Aérea para a Fisioterapia na evacuação de pacientes críticos graves dá “protagonismo aos fisioterapeutas especialistas em Terapia Intensiva”.
Fotos: Divulgação/FAB
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